Se um pássaro me viesse pedir
que voasse com ele pelo céu azul,
eu aceitaria de bom grado a sua oferta,
pois nada mais me daria prazer
do que voar pelos céus, livre,
conhecer o mundo de uma outra óptica,
afastando-me, assim, da sociedade caótica.
Como é bom voar sem ter asas!
Como é bom respirar o ar lá em cima,
correr o mundo, viajar e sonhar,
vaguear livremente pelo frio e pelo quente,
poder escutar os pássaros que me acompanham,
fiéis amigos, pelo mundo fora,
numa eterna migração sem fim.
Como são gentis os animais que nos compreendem
sem que tenhamos de proferir uma só palavra,
que nos sabem confortar com os seus modos,
ensinando-nos a sua tão grande arte da bondade,
por vezes tão escassa na humanidade.
Quando vocacionados para tal, os animais integram-nos
nas suas comunidades com a sua gentileza digna.
É, pois, com estes meus amigos da Natureza,
que aprendo a voar, livre, sem rumo, sem asas.
Elisabete Martins de Oliveira
10/09/2015