Esta tristeza que me assiste,
esta fraqueza que persiste,
são lágrimas pendentes,
são como tempestades irreverentes.
São verdadeiras predadoras,
aguardando a sua frágil presa.
São eternas sonhadoras
que aspiram à realeza.
Assim dominam as mentes,
refugiando-se no recôndito ser,
alastrando-se como nascentes,
vingando o caminho a percorrer.
Mas esta tristeza e esta fraqueza
que contra mim se uniram
encontrarão antes a certeza
de que de mim não se apoderam.
Elisabete Martins de Oliveira
18.05.2018