Janela Lisboeta,
tão esbelta, qual poeta,
o que escondes atrás de ti?
Que mistérios, que histórias,
que pecados e memórias
ocultas nesta fachada?
As paredes que te seguram
não falam nem murmuram,
mas será que recordam?
As cortinas que se escondem
detrás de ti, será que escutam
os meus humildes pedidos?
Janela em plena e rica Lisboa,
que felicita toda e qualquer pessoa,
sentes a alegria das tuas gentes?
Os azulejos azuis e amarelos
que te contornam são belos
como o gentil pôr-do-sol.
Mas o que de mais belo tens
é esse mistério que manténs,
quem sabe se o poderei desvendar!
Elisabete Martins de Oliveira
27.03.2019