Mas onde está, então,
aquela vida que idealizaram,
aquelas férias de sonho,
e a promessa de uma vida menos agitada?
Parece que a vida não o permite,
e todos os dias
são o espelho do anterior,
a monótona e indesejada rotina.
E há contas para pagar,
já não há volta a dar.
Promessas e contratos feitos,
dívidas e incertezas perduram.
Oxalá houvesse outra maneira,
mas sabem que não.
Este é o sistema, a norma,
a lei da repetição.
Resta-lhes a esperança comodista
de que um dia tudo será melhor,
senão para eles, para os que vierem,
porque agora trabalham para a reforma.
Elisabete Martins de Oliveira
01.07.2019