Mas, oh, a reforma não é certa,
com tantos a viverem
de subsídios miseráveis,
sobrevivendo no limiar da pobreza.
Não é esta a realidade
que querem viver.
Ainda no outro dia,
um tio morreu muito novo.
Questionam-se se devem
esperar até à reforma
para serem felizes,
para viverem, sim, a vida!
Mas as obrigações e as responsabilidades
fazem-nos hesitar,
sabem que desta rotina
tão facilmente não podem sair.
Por isso, ficam felizes
com pequenas conquistas,
guardando a esperança vã
nos seus frágeis corações.
Elisabete Martins de Oliveira
09.07.2019