Afio o lápis
uma vez mais.
A pressa
escapa-me pelas mãos.
A ânsia
desfaz equívocos.
A gana de escrever
é grande, magna.
As palavras soltam-se,
velozes, no papel.
Ganham asas
vindas da imaginação.
A escrita liberta-se
do lápis, da mão, da alma,
Numa magia
que me eleva.
E eu atendo
aos seus pedidos.
Debruço-me sobre a página
e nela escrevo.
Escrever é-me tão natural
como respirar
É parte de mim,
da minha identidade.
E, quando escrevo,
eu sei quem sou.
Elisabete Martins de Oliveira
08.01.2020